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Até chegar à forma que conhecemos hoje, o dinheiro passou por muitas modificações. No início da civilização, o comércio era na base do escambo, ou seja, na troca de mercadorias. Só no século VII a.C. que surgiram as primeiras moedas feitas de ouro e prata. A princípio, essas peças eram fabricadas em processos manuais e muito rudimentares, mas já refletiam a mentalidade e cultura do povo da época.

Durante a Idade Média, surgiu o costume de guardar as moedas com ourives e, como garantia, era entregue um recibo. Era bem parecido com o processo que acontece hoje quando depositamos o dinheiro no banco e, depois, usamos o cartão para resgatar. Aos poucos esses comprovantes passaram a ser usados para efetuar pagamentos, circulando no comércio e dando origem à moeda de papel.

Com o surgimento dos bancos, essas instituições assumiram para si a função de emitir as moedas de papel, que foram chamadas também de Bilhetes de Banco. No Brasil, os primeiros recibos foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810 e tinham seu valor preenchido à mão, como é feito com os cheques.

Aos poucos, como já acontecia com as moedas, os governos passaram a controlar a emissão de cédulas de dinheiro para evitar as falsificações e garantir o poder de pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem seus bancos centrais, que são encarregados de emitir cédulas e moedas.

A confecção das moedas contemporâneas obedece a um rigoroso padrão de impressão, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade. As principais unidades monetárias usam a base centesimal, isto é, a moeda divisionária da unidade equivale a um centésimo de seu valor. No caso do Brasil, temos o Centavo de Real.

No mundo moderno, além do dinheiro vivo, impresso em cédulas reguladas pelo Governo, o comércio também usa outros mecanismos financeiros de intenção de pagamento, como o cheque e o cartão de crédito/débito. Essas tecnologias foram criadas para dar mais praticidade e segurança para as transações.

Brasil

A Casa da Moeda, instituição brasileira responsável pela impressão do dinheiro, foi criada em 1694 por Dom Pedro II, rei de Portugal, para atender a demanda de fabricação de moedas no Brasil Colônia. Além do dinheiro, a estatal produz hoje outros produtos de segurança, como passaportes com chips e selos fiscais.

No entanto, a fabricação de novas cédulas é regulada pelo Ministério da Fazenda por meio do Banco Central do Brasil, visto que a quantidade de dinheiro em circulação dentro de um país deve ter como base a quantidade de serviços e produtos oferecidos pela economia nacional. Por esse motivo, um país não pode tentar contornar uma crise colocando mais dinheiro em circulação. Se isso acontece, o mercado tende a aumentar o preço das mercadorias, gerando inflação.

Dessa maneira, a fabricação de cédulas deve-se, principalmente, à substituição de notas velhas e não para aumentar a quantidade de dinheiro que circula dentro do país. Mesmo assim, a tiragem anual de moedas impressiona. Em 2013, foram R$ 3,1 bi em cédulas e R$ 2,3 bi em moedas.

Real

Vários foram os nomes dados à moeda brasileira: Reis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real e, em 1994, foi implantada a atual moeda: o Real. Vários foram os modelos, tamanhos e dispositivos de segurança usados na fabricação das cédulas.

Antes da atual moeda, diversas personalidades foram homenageadas. Pedro Álvares Cabral, Marechal Deodoro da Fonseca, Tiradentes, Santos Dumont e o ex-presidente Juscelino Kubitschek foram algumas das personalidades que estamparam as notas.

O design atual das cédulas brasileiras não homenageia pessoas. Em um dos lados da nota, consta a efígie simbólica da República; do outro lado, animais da fauna brasileira – cada nota com um animal diferente. Veja:

  • 2 reais – Tartaruga-de-pente

  • 5 reais – Garça

Nota de cinco reais

  • 10 reais – Arara

  • 20 reais – Mico-leão-dourado

  • 50 reais – Onça-pintada

  • 100 reais – Peixe garoupa

Nota de cem reais

 

Já as moedas de metal apresentam ilustrações de personalidades importantes para a cultura brasileira.

  • 1 centavo – Pedro Álvares Cabral
  • 5 centavos – Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes)
  • 10 centavos – Dom Pedro I
  • 25 centavos – Manuel Deodoro da Fonseca
  • 50 centavos – José Maria da Silva Paranhos Júnior (Barão do Rio Branco)
  • 1 real – Efígie da República

Cada moeda, de metal ou de papel, tem hoje tamanhos e cores diferentes. Entre os itens de segurança usados, estão marcas d’água, impressão em alto-relevo e microimpressões.

Curiosidades

Até o ano de 2005, o Banco Central produziu cédula de R$ 1. Apesar de não ser mais produzida, a nota ainda não saiu de circulação e pode ser aceita no comércio. No entanto, é raro encontrá-las, a não ser com colecionadores.

Por ocasião os 500 anos do Brasil, comemorado no ano 200, o Banco do Brasil criou uma nova cédula de R$ 10, fabricada em plástico, com predominância laranja e azul. Esta também não é mais fabricada, mas não saiu oficialmente de circulação e podem custar caro nas mãos dos colecionadores.

 

  

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    > Professor

    Nilce P S Mantovani

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    Fonte: https://www.suapesquisa.com/economia/historia_dinheiro_brasil.htm