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Convenção Republicana de Itu

A Convenção Republicana de Itu foi a primeira convenção brasileira de carácter republicano, que foi realizada no período de 18 de abril de 1873 na cidade paulista de Itu e na casa do deputado Prudente de Morais, onde se reuniram representantes republicanos, representantes conservadores e representantes liberais de várias cidades paulistas.

Nessa convenção foi aprovado a criação de uma assembleia de representantes republicanos que se reuniria em São Paulo com uma certa frequência. Dessa convenção participaram 133 convencionais, sendo 78 cafeicultores e 55 de outras profissões, que iriam representar todos os republicanos de várias cidades paulistas.

A assembleia era presidida pelo agricultor Indaiatubense (nascido em Indaiatuba) João Tibiriçá Piratininga e suas deliberações conclamaram os espíritos para a campanha liberal, o que resultaria com a implantação do regime republicano federativo. Dali então, surgia o primeiro partido republicano que era verdadeiramente organizado e que logo após se aliaria aos futuros partidos republicanos fluminense e mineiro, assim como os militares e à igreja católica, o que resultaria na Proclamação da Republica do Brasil em 1889.

Essa convenção teve alguns membros ilustres como: Américo Brasiliense de Almeida Melo, que foi o terceiro governador de São Paulo; Bernardino José de Campos Junior, que foi o segundo e o sexto presidente do Estado de São Paulo; Américo de Campos, que foi um advogado, politico e diplomata brasileiro; Gustavo de Oliveira Godoy, que foi eleito duas vezes presidente do Senado do Estado de São Paulo; Francisco Rangel Pestana, que foi deputado da província de São Paulo; Manuel Ferraz de Campos Sales, que foi vereador, deputado provincial e federal; Cesário Mota Júnior, foi deputado provincial; José Vasconcelos de Almeida Prado, Antônio Francisco de Paula Sousa, foi eleito deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa; Francisco Glicério de Cerqueira Leite, foi ministro interino dos Negócios da Justiça, ministro da Agricultura, deputado Federal e Senador; Manuel de Morais Barros, José Luís Fláquer, Francisco de Paula Cruz, Inácio Mesquita, Francisco da Fonseca Pacheco, Antônio Carlos da Silva Teles, Gabriel de Toledo Piza, que foi deputado provincial de São Paulo; e Almeida, Jorge Ludgero de Cerqueira Miranda e Francisco Xavier de Almeida Pires, entre outros.

Hoje em dia podemos estar em contato, e voltar no nesse período através do Museu Republicano de Itu. Esse museu é especializado no período da Republica Velha, e fica localizado em um sobrado na cidade paulista de Itu, onde se reuniram em 1873 os partidários responsáveis pela derrubada do regime monárquico Brasileiro. Tal espaço foi inaugurado em 19 de abril de 1923 pelo até então presidente do Estado de São Paulo, Washington Luis Pereira de Souza e desde então é uma unidade auxiliar pertencente ao Museu Paulista da Universidade de São Paulo, a USP.

Museu de Arte: O nascimento da República através dos azulejos existentes no Museu Republicano de Itu

Segundo o historiador Jonas Soares de Souza: “Em 1942 Afonso de Escragnolle Taunay idealizou um conjunto de painéis de azulejos para contar visualmente a história de Itu. Os azulejos foram assentados nas paredes do saguão do Museu Republicano. O material iconográfico teria uma função pedagógica e permitiria a representação das fases mais importantes da formação histórica da cidade de tal forma que o discurso visual pudesse ser entendido num encadeamento evolutivo. Para o historiador, desde a fundação a cidade estava predestinada a desempenhar um papel importante na história nacional”.
Exatamente sob o título “O nascimento da República através dos azulejos”,
o Museu de Arte do Parlamento de São Paulo está apresentando no segundo andar do Palácio Nove de Julho, vinte e dois painéis reproduzindo os azulejos existentes no Museu Republicano de Itu, resultado de uma pesquisa realizada pelo senhor José Antonio Barros Freire.
A exposição que permanecera aberta até 31 de agosto conta com o apoio do Governo do Estado, através do PROAC da Secretaria de Estado da Cultura e da Universidade de São Paulo.
Além de importantes registros iconográficos, na sua maioria desconhecidos pelas gerações atuais, o observador encontrará cenas e personagens da história que fazem parte da memória nacional, uma vez que, se referem ao movimento Bandeirista. Por outro lado, a exposição detalha a participação dos paulistas e de modo especial dos habitantes de Itu, tanto no processo da independência do Brasil, quanto a criação do Estado Republicano.
O Museu Republicano “Convenção de Itu”
Trata-se de uma instituição cientifica, cultural e educacional, especializada no campo da História e da Cultura Material da sociedade brasileira, com ênfase no período entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, tendo como núcleo central de estudos o período de configuração do regime republicano no Brasil.
Foi criado pela Lei no.1.856, de 29 de dezembro de 1921, como extensão do Museu Paulista da Universidade de São Paulo.Exerce atividades de pesquisa, ensino e extensão, abordando prioritariamente três linhas de investigação condizentes com o patrimônio histórico e cultural que abriga: Cotidiano e Sociedade, Universo do Trabalho, História do Imaginário.
Encontra-se instalado em sobrado histórico, erguido nas décadas iniciais do século XIX, e que se tornou residência da família Almeida Prado. Foi nesse local que se realizou, em 18 de abril de 1873, uma reunião de políticos e proprietários de fazendas de café para discutir as circunstâncias do país e que, posteriormente, se transformou na famosa Convenção Republicana de Itu, marco originário da campanha republicana e da fundação do Partido Republicano Paulista.
Localizado em memorial nacional, o Museu não se restringe a expor acervos de diferentes tipologias ” objetos, pinturas e registros textuais. Ao contrário, tal como o Museu Paulista, o Museu Republicano tem por meta o questionamento da formação histórica e cultural brasileira. Assim, procura explorar os ricos acervos que conserva, estudando-os e divulgando esses conhecimentos por meio de publicações, cursos, reuniões científicas, oficinas e atendimentos a públicos diversificados, como pesquisadores nacionais e estrangeiros, professores, educadores e estudantes de diferentes níveis. Oferece desse modo educação informal e formação acadêmica complementar, ao mesmo tempo em que, seguindo parâmetros da USP, promove o conhecimento científico do patrimônio sob sua guarda.

O Museu Republicano, atualmente, possui três sedes:
– o Museu de História, localizado em sobrado do século XIX, aberto a visitação desde fevereiro de 2010, mas ainda em obras de restauração dos conjuntos de azulejos;

– o Centro de Estudos, localizado em imóvel conhecido como Casa do Barão, na mesma rua em que está o Museu, e que abriga a Biblioteca, a área administrativa e a área científica e de curadoria da instituição;

– o imóvel conhecido como Casa da USP, onde foram alojadas atividades de conservação e restauração dos acervos.

Museu Republicano Convenção de Itu