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História da Propaganda Brasileira

A História da Propaganda Brasileira surgiu bem antes dos nossos atuais  “reclame”,  mesmo porque nos registros que datam de meados de 1800, data marco da história da propaganda brasileira, a mí­dia televisão não existia. Desde a sua origem até os dias de hoje a propaganda passou por importantes e grandes mudanças acompanhando as necessidades mercadológicas que revolucionaram o mercado publicitário.

Uma visão do projeto – Pero Vaz de Caminha e sua carta ao Rei D. Manuel, o Venturoso, de Portugal. Assim nascia a propaganda brasileira e, por parte do Brasil e dos brasileiros, um exercí­cio permanente de marketing para escapar ao destino que Cabral lhe reservou: ser colônia.

De nossos í­ndios – que pintavam papagaios para vendê-los como araras, lesando o “consumidor” europeu, desprotegido de códigos ou leis – até nossos camelôs – que “correm atrás” de novidades e oportunidades, vale tudo quando se trata de “vender” uma ideia ou produto. Ou seja: no Brasil, a propaganda está no sangue. Mascates, ambulantes e tropeiros foram os primeiros vendedores, pioneiros das vendas por telefone, catálogos e Internet. Com chuva e sol, calor, subindo rios e montanhas, atravessando matas, de barco ou em lombo de mula, a mercadoria era entregue nas mãos do freguês. Naquela época ninguém era cliente, era freguês mesmo.

O sistema, eficiente, prosseguiu até a década de 50. Por meios de transporte mais modernos, bolsas, tecidos importados, coisas da China e da Ilha da Madeira eram levados aos lares brasileiros onde donas-de-casa, as maiores consumidoras do Paí­s, compravam em sistema de crediário em que valia a honra e a palavra. Nada de SPC. No Brasil colonial, a propaganda de boca mostrou ser tão eficaz quanto panfletos colados nos postes ou nas portas, que faziam a glória ou a ruí­na de qualquer um. E é com Tiradentes, com seus panfletos, seus cartazes e seus “santinhos” que o Brasil conhece a primeira campanha polí­tica para a Independência.

Sem a força da TV, do rádio, sem “marqueteiros” e sem saber o que era Comunicação, Tiradentes e suas idéias chegaram a todos os lares brasileiros. No final, o Brasil levou a melhor: o polí­tico foi enforcado, mas o Paí­s se tornou independente. Com a vinda de D. João VI em 1808 e a criação da Imprensa Régia, a colônia vira Reino e “civiliza-se”. Enfim, o jornal. Oficial, é verdade, porque o primeiro foi criado em Londres por Hipólito da Costa, em 1806. Clandestino, de oposição, o “Correio Braziliense” com “z” mesmo foi proibido de circular no Brasil. Só com a criação da Imprensa Régia é que surge a “Gazeta do Rio”, ainda em 1808. E depois dela, os anúncios.

Jornal, classificados, agência de propaganda. Este trio poderoso entra em cena em 1891, com a criação da “Empresa de Publicidade e Comércio”. Os anúncios eram uma espécie de classificados de maior tamanho. E os grandes anunciantes, os remédios, fortificantes e elixires, prometendo vigor e o bem estar das senhoras.

No iní­cio do século, o Rádio revoluciona a vida brasileira. O rádio trouxe os jingles, a imaginação e o sonho para a vida brasileira. Ouvir “Jerônimo, Herói do Sertão” ou o “Direito de Nascer” pelo rádio foram experiências, segundo nossos avós, fascinantes. E a voz lânguida da mocinha, que todos imaginavam linda, loura e usando Pond’s? Estamos no iní­cio dos anos 50, época da Rádio Nacional, dos programas de auditório, das disputas de Emilinha e Marlene e dos Fãs-clubes organizados, apelidadas pelos cariocas de “macacas
de auditório”.

Nos anos dourados, em que uma entre dez estrelas do cinema usavam Lux, a IAS, house-agency da Sydney Ross era a maior agência do Paí­s. Antes da criação do outdoor, a mí­dia era feita em jornais, revistas, no rádio e nos bondes. Os cartazetes colocados nas laterais internas dos bondes foram extremamente criativos.

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    > Professor

    Deborah Goffi Triglia Tristão

    > Observações

    Olá! vamos todos aprender.